Pra começar, esse encontro marca o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que aconteceu na capital carioca no ano de 1992, e ficou conhecido como Rio-92. Assim como o novo encontro aconteceu no atual ano de 2012, a nova Conferência foi denominada Rio +20. Pouca gente sabe, mas a ideia da Rio+20 foi do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva que, em 2007, propôs às Nações Unidas a realização de uma conferência que avaliasse a situação do planeta duas décadas depois da Rio-92. O evento, que também aconteceu no Rio de Janeiro, discutiu pela primeira vez, a nível global, o conceito de desenvolvimento sustentável e deixou sua marca na história mundial por culminar na criação de uma porção de documentos importantes a respeito do tema – entre eles, a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do clima e da Diversidade Biológica.
Bom, o propósito da Rio+20 era formular um plano para que a humanidade se desenvolvesse de modo a garantir vida digna a todas as pessoas, administrando os recursos naturais para que as gerações futuras não fossem prejudicadas. Bom, aí entram questões como o Desenvolvimento Sustentável, Economia Verde e inúmeros outros termos que no fundo querem todos dizer a mesma coisa: que temos que encontrar um meio de nos desenvolver de maneira a preservar o Meio Ambiente, a natureza e o nosso planeta pois as consequências de décadas de destruição e produção sem precedentes já estão começando a aparecer, e de forma cada vez mais rápida.
Encontrei uma entrevista bem legal com a canadense Severn Cullis-Suzuki ficou conhecida como "a menina que silenciou o mundo por cinco minutos" por seu discurso feito para delegados e chefes de Estado na Rio 92. (Pra quem não viu, eis o vídeo: http://www.youtube.com/
Ela comenta que a mudança climática é um crime "intergeracional", ou seja, que passará por várias gerações, e se diz envergonhada com a atitude do governo do Canadá ao se retirar do Protocolo de Kyoto, em dezembro de 2011, por não conseguir cumprir as metas de redução de gases de efeito estufa.Sobre a discussão ambiental no Brasil, Severn diz que empreendimentos como a usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Rio Xingu, no Pará, só demonstram que o mundo não valoriza os serviços ambientais da Amazônia. Ela se diz desapontada com o andamento da construção e com mudanças recentes nalegislação ambiental (Código Florestal) que "irão comprometer a floresta devido ao aumento da exploração madeireira"
Sobre a Rio+20, a canadense afirma que a conferência só conseguirá êxito se os governos deixarem de pensar nas crises econômicas e passarem a planejar uma forma de socorrer o meio ambiente nos mesmos métodos aplicados para socorrer bancos, com a injeção de dinheiro. "Devemos reduzir nossa pegada ecológica e começar a usar a nossa voz."
Uma das expectativas era de que a reunião conseguisse determinar metas de desenvolvimento sustentável em diferentes áreas, mas para muitos isso não foi atingido. O documento apenas cita que eles devem ser criados para adoção a partir de 2015.
O texto final da Rio+20, intitulado "O futuro que queremos", foi publicado no site oficial da conferência, pode ser lido aqui http://www.uncsd2012.org/
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o país se orgulha de ter organizado e presidido "a mais participativa e democrática conferência, na qual tiveram espaço diversas visões e propostas, buscando sempre manter um equilibrio respeitoso".
Porém, o texto da Rio+20 tem sido criticado por avançar pouco: não especifica quais são os objetivos de desenvolvimento sustentável que o mundo deve perseguir, nem quanto deve ser investido para alcançá-los, e muito menos quem coloca a mão no bolso para financiar ações de sustentabilidade. O que o documento propõe são planos para que esses objetivos sejam definidos num futuro próximo. Os negociadores da União Europeia classificaram a redação de “pouco ambiciosa” e disseram que faltam “ações concretas” de implementação das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Por sua vez, antes mesmo da ratificação pelos chefes de Estado, integrantes da sociedade civil assinaram uma carta endereçada aos governantes intitulada “A Rio+20 que não queremos”, na qual classificam o texto da conferência de “fraco”.Já deu pra perceber que o tema é extremamente polêmico e controverso né? Encontrei uma tabela muito boa que liga o que estava sendo negociado e o que ficou decidido no texto final:
Deve-se lembrar que independentemente do que foi resolvido ou não nesta reunião, fazer a nossa parte é muito importante sim! Economizar água e recursos naturais, reciclar e reaproveitar ao máximo os materiais que já possuímos são medidas que individualmente falando parecem bobas e insignificantes mas são muito importantes e fazem muita diferença quando somadas em um âmbito mundial. Vale lembrar também que para quem irá prestar os próximos vestibulares este é um tema que cairá com quase absoluta certeza, por isso é muito importante ficar atento! Pra quem não presta nenhum vestibular, deve ficar ligado do mesmo jeito pois é o nosso futuro que está em jogo!
Ps:Pra quem quiser saber mais, existe um blog muito legal focado somente na Rio +20 http://planetasustentavel.
Qual é a opinião de vocês sobre tudo isso? O que acham da Rio +20? Comentem!