Olá, meu primeiro post aqui no blog será para contar um pouquinho da minha experiência com fotografia. Até hoje guardo a primeira foto que fiz com uma câmera analógica automática e por mais que eu tivesse cinco anos, acreditem, eu me lembro desse momento. É simplesmente meu pai falando ao telefone, mas adorei aquele barulhinho engraçado que faz quando a foto está sendo processada e continuei tirando foto de tudo que via.


 E vocês, lembram-se da época do Orkut? E dos “TOPs”, aqueles perfis que pegavam fotos alheias e classificavam como “melhores de tal categoria”? (Muitas vezes sem créditos pra fazer doações para fakes, o antigo Instagram no Tumblr, if you know what I mean). Então, eu adorava tirar fotos temáticas com minhas amigas e essas fotos sempre iam parar nos tais dos “TOPs”, chegaram a fazer um fã clube pra mim e pra algumas dessas minhas amigas. A partir daí meus pais acharam que eu teria futuro como modelo, eu era bem magra e fotogênica, mas nunca me interessei. 

Em 2010 pedi uma câmera semi profissional de aniversário, acabei ganhando uma Nikon D90 (uma profissional, na época A profissional) e eu não fazia IDEIA de como usar aquela “metralhadora cheia de botões”. Foi em 2011 que me inscrevi para um curso básico na Escola Portfólio de Fotografia com duração de um semestre, um tipo de intensivo (mais tarde farei um post sobre cursos de fotografia) e a finalização desse curso me deu a oportunidade de fazer uma exposição (com as fotos de todos os alunos do curso) que só saiu em 2012, junto com meu certificado de conclusão vulgo diploma de fotografia básica.

(Uma das aulas do curso. Basicamente exercitar o olhar escolhendo algumas fotografias e falando sua interpretação sobre ela, qual abertura, exposição e ISO o fotógrafo provavelmente usou, se há tratamento digital, etc)

(O tema da exposição era “Sonhos”, essa é a minha favorita do ensaio. Modelo: Luiza Queluz)

Nesses dois anos (2011 e 2012) de interesse intenso por fotografia e cinema, fiz amizade com meu vizinho, Giovani Zilke (taí um vídeodesse lindo), um excelente cinegrafista e hoje é como um primo/tio pra mim, e me apresentou um tal de Gustavo Horn. O Gustavo era (e é) um prodígio em imagem e filme e estava gravando o primeiro vídeo para o patrocínio do blog Jacaré Banguela, sabendo que eu era fotogênica e me interessava pela coisa toda, convidou minha mãe e eu para atuarmos alguns segundos nesse vídeo. A partir desse dia eu tive certeza que estar na frente das câmeras não é pra mim, mesmo assim fui convidada outras duas vezes e aceitei só pra ficar de olho nas gravações e aí sim me encontrei, atrás das câmeras.


(Que carinha de pirralha né, gente?! Faz tempo...)

Participando dos vídeos do Gustavo, conheci pessoas muito legais com os mesmos interesses que eu e que sempre me ajudaram na divulgação da minha imagem como “promessa de fotógrafa mirim” e também fui ficando cada vez mais “cara de pau”. Sendo “cara de pau”, me enfiava em qualquer gravação. Por exemplo, vocês já viram aqueles comerciais da bebida Wake (é um achocolatado, café, sei lá, quase como um Toddyinho, na verdade não sei porque nunca experimentei, enfim) da Melitta? Um deles foi gravado no Museu Oscar Niemeyer aqui em Curitiba e eu estava lá no dia, meu amigo e eu tivemos a cara de pau de nos enfiar nos bastidores pra ficar olhando a gravação e conversar com as pessoas que estavam produzindo. Produção, imagem, “AÇÃO!”, câmeras, filmadoras, maquiadores, comercial... Então tá bom, decidido: Vou cursar Publicidade e Propaganda! Além desse episódio, houve vários outros, mas um que me marcou bastante foi estar no lugar certo na hora certa: Caminhar na rua e ver a produtora O Quadro gravando um curta. Lá vai a Angie cara de pau se enfiar no meio e entrosar com os caras. Não deu outra: Participei como figurante no tal curta e fiz amizade com os produtores. Essa amizade rendeu mais um convite pra participar de outro, um dia inteiro num ambiente cinematográfico com os caras mais simpáticos e engraçados que conheci, um dos melhores dias da minha vida. O curta estreou na Cinemateca de Curitiba.


(Estreia do curta na Cinemateca)


(Eu e as meninas com os produtores d’O Quadro)


(E uma foto que o Daniel Florencio fez minha no dia da gravação)

Claro que desde que ganhei minha câmera, principalmente depois da conclusão do curso, eu nunca deixei de praticar, quase todos os dias, explorando a técnica (em breve farei um post sobre isso também) mas também exercitando o olhar.  Hoje faço ensaios fotográficos gratuitos e com orçamento, em domicílio ou externos, e tenho vários projetos fotográficos ativos. Segue algumas fotos dos tais ensaios:


(Julia Simões)


(Fernanda Kowalski)


(Andre Schaefer)


(Fernanda Kowalski e Julia Albrecht)

Cada vez mais, portas são abertas pra mim quando se trata de fotografia e cinema e sou eternamente grata às pessoas que conheci nesses últimos anos, tanto profissionais quanto amadores, inclusive pessoas que me incentivaram e encorajaram desde cedo com elogios e críticas construtivas, por esses tenho um carinho ENORME.
Fotografia não é simplesmente apertar um botão como a maioria pensa, há MUITA coisa por traz disso e a minha missão aqui no blog é explicar essas “coisas” uma por uma. Bom, acho que já falei demais, deixa o resto pros próximos posts, espero que eu consiga conquistar a simpatia e a confiança de vocês pra isso.
 Até a próxima, beijão da Angie! 



4 Comentários

  1. que lindas todas essas fotos!!

    seguindo aqui :)

    beijos, G.

    cabecanasnuvensz.blogspot.com.br

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  2. Muito bem escrito, Angie. Parabéns por toda a sua trajetória. Adorei o Post, espero ansiosamente pelo próximo!

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  3. Parabéns pelo post Angie! Eu estou amando acompanhar. Beijo.
    http://deboraheller.blogspot.com.br/

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